quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A luta ambiental de Anchieta/ES, na grande imprensa.

Grupo ambiental entra com ação contra siderúrgica no Sul

Apesar de ainda estar na fase inicial do processo de licenciamento ambiental, o projeto de construção de uma siderúrgica em Ubu já enfrenta oposição de moradores, ambientalistas e pescadores do município de Anchieta, no Sul do Estado. Depois de mais uma reunião entre moradores e representantes da Vale, empresa que construirá a siderúrgica, três entidades decidiram ingressar na Justiça contra a instalação da empresa.
A Associação dos Catadores de Caranguejo; Associação dos Pescadores de Anchieta e Grupo de Meio ambiente de Anchieta (Gama) não querem o empreendimento no município. As entidades decidiram ingressar na Justiça com uma ação popular junto à Vara dos Feitos da Fazenda Pública Estadual para impedir a construção da usina no local escolhido pela Vale.
Segundo o advogado Nelson Aguiar, que representa as entidades e que ajuizará a ação popular, antes de ir à Justiça, porém, a intenção é de manter contato com representantes dos setores do governo estadual ligados ao meio ambiente. “Primeiro, é preciso deixar claro que ninguém é contra uma nova siderúrgica. São sim, contra a instalação em Anchieta devido à poluição, à falta de água doce, possível prejuízo para os manguezais e às áreas de pesca”, diz o advogado.
O contato com o governo do Estado, segundo ele, é para evitar que o processo de licenciamento ambiental não avance tendo em vista a posição das entidades e da comunidade em geral. A direção da Vale não quis comentar a posição das entidades divulgada por Aguiar. Segundo a assessoria de imprensa, a empresa só se manifestará depois que conhecer o texto da ação.

 
Sobre o projeto

Anúncio. Depois de ter que desistir do primeiro projeto para instalar uma siderúrgica em Ubu, em parceria com os chineses da Baosteel, a Vale anunciou, no final de agosto do ano passado, a intenção de procurar parceiros para construir uma usina menor, com capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano.

Abandono. Na primeira vez, a Vale e a Baosteel abandonaram o projeto da Companhia Siderúrgica Vitória (CSV) porque os técnicos do governo do Estado concluíram que não havia condições para a implantação de um projeto daquele porte em Ubu. A alegação era falta de água doce e excesso de material particulado no ar, devido às usinas de pelotização da Samarco.

Licença. Agora a Vale, sem parceiros ainda, reformulou o projeto da siderúrgica e aguarda posição do Iema sobre a licença ambiental

 
30/01/2010 - 00h00 (Outros - A Gazeta)

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